Hoje vamos falar um pouco sobre a luta das pessoas com deficiência. É relevante destacar que diante da necessidade de fazer valer os direitos legais e as políticas públicas voltadas à pessoa com deficiência, amplia-se o entendimento social de que a inclusão não é um favor social, mas sim um direito do cidadão, assim como o entendimento de que incluir requer necessariamente contemplar a diversidade, ou seja, abarcar as individualidades.
O movimento de pessoas com deficiência ganha destaque na medida em que toma frente nas decisões que impactam em suas vidas. Desde então, a transformação social e a promoção da inclusão tem ganhado espaço. Porém, é sempre recomendável que se adote um olhar amplo e sistêmico do contexto histórico de lutas sociais para que se possa identificar os avanços já conquistados, mas, acima de tudo, que aponte diretrizes, uma vez que ainda há muito por fazer.
Destaca-se que os movimentos sociais de inclusão das pessoas com deficiência têm impulsionado a mudança de postura em relação aos valores morais e éticos frente às pessoas com deficiência. Valores esses que dizem respeito ao reconhecimento de todos temos direitos e deveres iguais, ninguém é superior a ninguém e que conviver em sociedade exige respeitar o outro.
Nesse contexto, faz-se necessária a adoção de ações diferenciadas na intenção de promover uma educação equitativa, na qual a pessoa com deficiência participe ativamente no processo de aprendizagem. Construindo, assim, sua própria história, considerando o indivíduo como sistema vivo e holístico, que tem o poder de influenciar e ser influenciado pelo contexto.
Destaca-se a relevância da interação social defendida por Vygostsky. Segundo Vygotsky (2001), que foi um dos primeiros estudiosos acerca do desenvolvimento das pessoas com deficiência, o potencial humano é desenvolvido mediante a interação com o ambiente físico e social. Ou seja, o indivíduo constrói o conhecimento de forma ativa a partir das vivências e de seu histórico de vida.
Sendo assim, o processo de interação com o meio e com as outras pessoas é construído individualmente, de forma diferente. Quando o indivíduo é uma pessoa com deficiência, esse processo pode ser dificultado por barreiras físicas, comunicativas e atitudinais, criadas muitas vezes pela falta de conhecimento ou não disponibilização de recursos ou tecnologias assistivas, objeto deste trabalho.
Nessa perspectiva, é essencial que o educador adote estratégias e metodologias que propiciem esse desenvolvimento inclusivo. Pois, assim será possível uma educação que abarque e atender a diversidade, promovendo a inclusão e a equidade de oportunidades.
Referências:
LAVORATO, S. U. et al. Acessibilidade nas ações educacionais a distância: um caminho para inclusão da pessoa com deficiência visual no contexto organizacional. 2014.
VYGOTSKY, Liev Semionovich. Psicologia pedagógica. Aique, 2001.
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Profa. Dra. Simone Uler Lavorato - Doutora em Educação de Ciências - Educação inclusiva pela Universidade de Brasília - UnB, Mestra em Gestão do Conhecimento e Tecnologia da Informação pela Universidade Católica de Brasília - UCB. Graduada em Psicologia pela Instituição de Ensino Superior de Brasília - IESB e Pedagogia com especialização em Administração Escolar pela Universidade de Cuiabá - Unic. Possui MBA em Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas - FGV. Especialista em Planejamento, Implantação e Gestão de Ead pela Universidade Federal Fluminense - UFF e Pós-graduação em Terapia Cognitivo Comportamental na Faculdades Integradas AVM e formação em Neuropsicologia na Universidade de São Paulo - USP. Atuo na área de Educação nas modalidades, presencial e ead, Inclusão da Pessoa com Deficiência, Processos Educacionais, Gestão de Pessoas e Gestão Pública, Psicologia clínica e Neuropsicologia.
Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/8026170354974570
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