O hábito da leitura favorece o desenvolvimento do ser humano: afirmação da doutora em linguística Lucília do Carmo Garcez. De acordo com a linguista, ler é uma forma de aprendizado ativo, no sentido de exigir mais do cérebro. Entretanto, nessa situação, não falamos apenas da leitura, incluímos a compreensão dos significados contidos no texto. Desse modo, você sabe a diferença entre alfabetização e letramento?
No Brasil, de acordo informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios -2018, há cerca de 11 milhões de pessoas não alfabetizadas. Ademais, considerando o Indicador de Analfabetismo Funcional, somando os não alfabetizados aos alfabetizados de forma rudimentar, temos os analfabetos funcionais. Três a cada 10 brasileiros fazem parte deste grupo. Ou seja, não sabem ler /escrever ou sabem, porém não compreendem o significado.
Em face do exposto, uma pessoa alfabetizada seria um indivíduo letrado? Não necessariamente. As competências de leitura e escrita estão presentes nos alfabetizados. Aos letrados há um complemento nas competências mencionadas por meio da pronta resposta às demandas sociais relacionadas a elas. É dizer: letramento é o processo de significação da escrita e leitura, inserido em um contexto sócio-histórico, dialético e concreto em relação às vivências do educando.
E na prática docente, como lidar com os conceitos apresentados? De forma integrada: alfabetizar letrando. Mesmo porque, em alguns casos, o letramento aparece antes da alfabetização. Crianças em contato com estórias, contos, com diferentes gêneros textuais, podem ser capazes de interpretar, compreender, antecipar, lembrar, diferenciar os estilos de narrativas, antes mesmo de dominarem tecnicamente a escrita/ leitura. Assim, é preciso proporcionar sentido. Prazerosamente, sem sobrecarga, e por meio de sócio-interação a alfabetização letrada vai se tornando realidade.
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Glauber Marinho
Pedagogo, graduado pela Universidade de Brasília (2006). Especialista em Docência Superior e Gestão de Pessoas. Analista Judiciário – Pedagogia do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. Possui experiência em Educação não–formal (Treinamento, desenvolvimento e educação em Escola Judicial, Assessoramento a magistrados nas temáticas: drogas, audiências de custódia e guarda). Formador certificado pela Escola Nacional de Formação de Magistrados. Professor e tutor em cursos preparatórios para concursos desde 2008.
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