Cada criança aprende no seu ritmo
Muitas das vezes até pensamos que isso se aplica apenas às crianças, mas devemos considerar que os jovens e adultos também possuem processos individuais de desenvolvimento e aprendizado ao longo de toda a vida.
Cada pessoa tem uma trajetória particular e única. Nosso desenvolvimento biológico, psicológico, social e cultural deve ser considerando quando somos submetidos a processos escolares e não escolares de ensino-aprendizagem.
Da mesma forma que os bebês desenvolvem a fala, o caminhar e outras habilidades em diferentes momentos, o aluno precisa ser atendido em sua especificidade.
Não é uma questão apenas de COMPREENDER o ritmo de cada um, mas sim de RESPEITÁ-LO.
Apesar de reconhecer essa diversidade, o educador muitas das vezes se sente perdido, pois não sabe como conduzir um processo coletivo respeitando a individualidade de todos os que estão inseridos no contexto.
A verdade é que, em sala de aula, não existe uma receita pronta aplicável a todos os educandos. No entanto, isso não significa que não seja possível realizar um planejamento de ensino para a turma.
Existem, sim, caminhos que podem ser seguidos por todos. O que irá se diferenciar é a forma como cada um percorrerá o caminho proposto, ressalvadas eventuais necessidades de adaptação.
Ao elaborar um planejamento, o professor deve postular um objetivo a ser alcançado, independente da capacidade de cada um dos alunos de sua turma. A escola é um espaço que promove a igualdade e o ideal é que todos os alunos tenham as mesmas oportunidades.
A aplicabilidade do planejamento de ensino é que pode, em alguma medida, ser diferenciada para uns e outros.
É fundamental que o educador respeito o ritmo de aprendizagem de cada aluno, em especial daqueles que apresentam necessidades educacionais especiais.
Dessa forma, o professor buscará medidas que possam melhorar o desempenho daqueles que entregam resultados em tempo maior que o esperado, num ritmo mais “lento”.
A diversidade pode ser um fator de crescimento para todos.
Antigamente as crianças eram categorizadas por rendimento. Todos os alunos de "alto rendimento" em uma turma e os alunos considerados de “baixo rendimento” em outra.
O resultado não poderia ser diferente: os que tinham "bom rendimento" conviviam com outros alunos de "bom rendimento" e se tornavam melhores ainda, enquanto os alunos com dificuldades eram imersos em um ambiente onde a dificuldade é o lugar comum, sem que pudessem aprender uns com os outros.
Nesse sentido, recomenda-se o trabalho em dupla e grupos sempre pensando na composição mais interessante para as partes.
A alternância de espaços também é uma excelente opção para que os alunos possam mostrar suas habilidades que, por vezes, se manifestarão de forma mais acentuada em um ou outro contexto, considerando que as competências dos indivíduos são distintas e que a escola tende a reconhecer apenas as competências seculares como a leitura e a matemática.
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